Bulionismo = acumulação de metais como única forma de riqueza.

Considera-se (o autor) o mercantilismo como práticas de intervenção econômica que se desenvolveram na Europa moderna desde metade do século VX.

Um exemplo de protecionista econômico foi em 1258, onde o parlamento inglês proibiu a exportação de lã bruta, a fim de evitar outras potências produzindo tecidos. Já em 1455, 1463 e 1464 houve legislações proibindo os lanifícios e as fabricas de seda estrangeiros na Inglaterra.

De acordo com o parlamento inglês, em 1381, o número de exportações de ouro e prata tinham que ser, no início, metade, e depois a totalidade de suas vendas. Em 1419, a fim de evitar a fuga das espécies preciosas (ouro, prata) o parlamento decide que o fornecimento e o reabastecimento do exercito na França proviriam da Inglaterra e que o soldo dos soldados (salário) seria pago com o produto das exportações de lã para Normandia. -NT: Dá a entender que os ingleses não retirariam dinheiro de seus cofres com o intuito de pagar os soldados, mas que o dinheiro investido pela população da Normandia (França) é que seria usado, no final ficando com um balanço igual, sem alteração.

Por outro lado, o mercantilismo francês incentivava a produção de produtos e luxo, protecionismo, diminuição das importações, encorajando a produção mineira. Introduziu o trabalho e a tecelagem da seda, procurando diminuir as compras de produtos de luxo estrangeiros e estabelecer uma balança comercial favorável. No século VXII as tarifas francesas mostravam o protecionismo através de elevadas tarifas na saída dos produtos e pessoas que na entrada. A intenção era evitar que os produtos acabassem faltando para a população de seu país e que fossem obrigados a comprar de estrangeiros, afetando seu mercado interno e a balança se tornando desfavorável. Em 1552 a 1559 o rei espanhol interdita a exportação dos tecidos espanhóis, esperando frear a ata dos preços castelhanos.

Na França foi estabelecido, como forma de se tornar uma potência fabril, 150 regulamentos de fabricas para fazerem da produção francesa uma produção de qualidade: especificavam proporções das tintas, larguras dos tecidos, número de fios na malha, utensílios e os trabalhos de todos os corpos/partes de/o oficio. Para garantir a fiscalização e cumprimento, um corpo de intendentes que comandavam inspetores ficaram encarregados de controlar as fabricações e de constatar as contravenções (não cumprimentos ou problemas).

Apesar das ideias de Colbet terem tido efeitos considerados positivos (ideias citadas anteriormente e acima), muito foi afirmado que ele sacrificou a agricultura (base da fisiocracia) em nome da manufatura, chegando até a ser censurado pelos economistas franceses no século VXIII.

Enquanto na França houve o avanço da manufatura, na Inglaterra as corn laws surgiram para prover o mercado interno e a exportação de grãos. Os ideais de Colbet eram visando diminuir a pobreza agrícola através do investimento nas fábricas. O abaixamento temporário dos impostos (talhas) e proteção do gado foram as únicas políticas agrícolas de Luís XIV.

Na Inglaterra, o caráter sistemático da intervenção estatal se deu, principalmente, pela crise que se iniciou em 1620, resultando nos atos de navegação ingleses.

Atos esses que diziam que: Os produtos importados para a Inglaterra só poderiam ser transportados em navios ingleses ou de países com os quais a Inglaterra estivesse comercializando diretamente; O comércio entre as colônias e a Inglaterra só poderia ser feito por navios ingleses; os colonos só poderiam comprar o que precisavam na Inglaterra e comercializar os seus produtos apenas com ela. A tarefa do governo não era mais regulamentar o movimento das espécies, mas orientar e dirigir as correntes do comércio para garantir um saldo positivo.

No quesito inglês o Estado deveria reservar à sua marinha e a seus mercadores o controle de suas trocas exteriores, encorajar certos tráficos pela diminuição das taxas aduaneiras, desencorajar outros com altas tarifas.

O protecionismo inglês no século XVII é, ao mesmo tempo, industrial e agrícola.

Os atos de Navegação ingleses visavam atingir os holandeses e sua marinha. Além dos atos já citados acima, em 1660 foi especificado, a fim de evitar fraudes, que os navios ingleses deveriam ser comandados por capitão inglês e composta por três quartos de súditos britânicos.

No caso sueco, foi procurado desenvolver a marinha e exportações. Com conceções privilegiadas às manufaturas laníferas e as companhias de alcatrão e de sal. Em 1637 criaram o Colégio das Minas e em 1651 do Comércio. Estabeleceram nas fronteiras direitos de aduana, protetores enquanto a frota sueca desempenhava importante papel comercial no Báltico. Apesar das exportações positivas, muitas eram destinadas a reembolsar os capitais holandeses que controlavam, em partes, a metalurgia do ferro e cobre, as fabricações de arma, e queria redistribuir seus produtos no mercado da capital holandesa. A fim de renunciar às sociedades holandesas que possuíam alguns privilégios, a renuncia de ambições europeias (território) e a guerras também teve de ser feita, a fim de diminuir a compra de armas da Holanda.

A exploração na região da Escânia reestabeleceu o equilíbrio agrário do país, limitando as propriedades dos nobres pela grande “Redução”, repele a ajuda interessada dos financiadores holandeses e abandona suas pretensões imperiais no mar Báltico.

No caso holandês, não houve uma idade clássica ou teóricos mercantilistas. Ainda mais singular foi a liberdade que concede, quase desde sua constituição/formação, aos movimentos internacionais das espécies e das moedas, tendo eles nunca hesitado em exportar numerário (produtos); cunhava moedas de negócio para manter seus tráficos, moedas de grande circulação que tinham curso nos países estrangeiros.  Além disso, o papel intermediário marítimo que os holandeses exerciam era de entreposto internacional de Amsterdã. Mesmo durante guerras, a comercialização nunca foi proibida com os inimigos.

Os holandeses se interessavam mais pelo tráfico internacional, trânsitos e reexportações que produção nacional.

Apesar de não ter um mercantilismo exclusivo como os dos citados acima, ao terem seus produtos severamente taxados, a Holanda repondeu com proibições e direitos igualmente rigosrosos às tarifas francesas e inglesas.

A produção não era livre. As manufaturas rurais se chocavam com a hostilidade das cidades e as fabricações urbanas eram submetidas a regulamentos e controles.

Os capitalistas holandeses participavam das empresas das Companhias das índias orientais e ocidentais.